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Como declarar o imposto de renda pela primeira vez

A partir da próxima quinta-feira (06), até dia 30 de abril, os brasileiros poderão entregar a Declaração de Ajuste Anual de Imposto de Renda 2014. São obrigadas a declarar todas as pessoas que tiveram, em 2013, rendimentos tributáveis em valor superior a 25.661,70 reais, bens em valor superior a 300 mil reais ou rendimentos isentos de mais de 40 mil reais, entre outras regras de obrigatoriedade. Mesmo pessoas que não são obrigadas a declarar podem entregar a declaração. Em alguns casos, é vantajoso. É o caso das pessoas que auferiram rendimentos tributáveis superiores a 20.529,47 reais. Apesar de o valor estar abaixo do limite de obrigatoriedade, esses rendimentos podem dar direito à restituição de IR, mas apenas para quem declarar. Se você nunca declarou IR e vai fazê-lo pela primeira vez em 2014, veja a seguir algumas dicas para se organizar e preencher a declaração corretamente. 1 Reúna os comprovantes O primeiro passo para correr menos risco de errar no preenchimento da declaração e acabar caindo na malha fina é reunir todos os comprovantes de pagamentos recebidos e efetuados em 2013. A empresa onde você trabalha ou para a qual presta serviços precisa lhe enviar ou disponibilizar online o informe de rendimentos referente ao ano passado. O mesmo se aplica aos bancos e outras instituições onde você tem depósitos, financiamentos e investimentos. Elas devem lhe enviar um informe com o saldo de seus depósitos e aplicações, bem como eventuais rendimentos com investimentos, empréstimos e financiamentos e outros valores pagos ou recebidos. Se você paga ou recebe aluguéis, você pode reunir os comprovantes de depósitos bancários ou solicitar um resumo dos pagamentos feitos ou recebidos à imobiliária, se houver. Isso se seu locador ou locatário for pessoa física. Já se você alugar um imóvel para uma pessoa jurídica, ela deverá enviar o informe de rendimentos com os aluguéis que pagou a você. Para aproveitar as deduções de gastos com educação e saúde é preciso também ter os recibos e notas fiscais, contendo todos os dados das instituições e pessoas que receberam os pagamentos que você fez em benefício próprio ou de seus dependentes. No caso de recibos e notas fiscais, eles devem trazer o nome, o endereço e o CPF ou CNPJ de quem recebeu seus pagamentos, bem como os dados do beneficiário do serviço (você ou seus dependentes). Planos de saúde enviam seus próprios informes. Caso você tenha plano de saúde pela empresa onde trabalha, os dados do plano virão no informe da própria empresa. Para comprovar pagamento de pensão alimentícia, os depósitos bancários também são válidos como comprovantes. Na falta de documentação, o cheque nominativo que tenha sido usado para o pagamento pode ser utilizado para comprovação dos gastos dedutíveis. Os recibos de compra e venda de imóveis, carros e ações também devem ser guardados, para comprovar, junto à Receita Federal, que esses bens passaram ou deixaram de fazer parte do seu patrimônio em 2013. Também é preciso informar sobre eventual lucro com a venda desses bens. Se você tiver bens que precisem ser declarados, você precisa ter algum documento que comprove a sua posse, como a escritura do seu imóvel em seu nome ou o documento que comprove que determinado bem foi doado formalmente a você em 2013 etc. Veja quem é obrigado a enviar informes de rendimentos. Leia mais sobre os documentos que você precisa reunir para declarar o IR e por quanto tempo você deve guardá-los. Saiba o que deve e o que não precisa ser declarado em 2014. Veja que tipo de despesa pode ser abatida e qual o limite de dedução em 2014. 2 Faça o download do Programa Gerador da Declaração (PGD) O Programa Gerador da Declaração 2014, fornecido pela Receita Federal, já está disponível para download no site do Fisco. Você deve baixá-lo para seu computador pessoal e seguir as instruções do programa, que é bastante intuitivo e conta com um vasto tutorial. Também é possível preencher a declaração de IR por meio do app Pessoa Física, da Receita Federal, disponível para Android e iOS. A funcionalidade m-IRPF permite a alguns contribuintes preencher e transmitir a declaração em tablets e smartphones com esses sistemas operacionais. Veja se você se enquadra nas regras para usar o m-IRPF. Ao final do preenchimento, você enviará a declaração pelo próprio programa, que gerará um recibo. É aconselhável imprimir o comprovante de envio, com o número do recibo e a própria declaração. Esses documentos servem como comprovantes para a Receita Federal. Além disso, o número de recibo é fundamental para acessar certas funcionalidades no site da Receita e retificar a declaração no futuro, caso seja necessário. Perdeu o número de recibo da sua declaração? Veja o que fazer. 3 Preencha a declaração conforme os comprovantes De maneira geral, a declaração de imposto de renda é uma fotografia da sua situação patrimonial no início e no fim de determinado ano. É por isso que você deverá preenchê-la somente com a situação em 31/12/2012 e em 31/12/2013, com relação a tudo que precisa ser declarado. Siga as instruções dos informes de rendimentos, pois eles já dispõem as informações da forma que você precisa preencher. Bens devem sempre ser declarados pelo seu valor de aquisição, não importando sua valorização ou desvalorização ao longo do tempo. Se algum deles tiver sido vendido em 2013, você deverá declarar o ganho de capital ou ganho líquido obtido, que é a diferença entre seu preço de aquisição e seu preço de venda, bem como o valor recebido na venda. Você poderá optar pela declaração completa ou simplificada. Mas não se preocupe, não é preciso fazer contas: se você preencher a declaração com todas as eventuais despesas dedutíveis, o próprio programa calculará qual o tipo mais vantajoso para você. A escolha só é feita quando você termina de preencher a declaração, logo antes de enviá-la. Pode ser, por exemplo, que um tipo gere mais imposto a pagar, enquanto o outro gerará imposto a restituir. O modelo simplificado permite o abatimento de 20% sobre a renda tributável, limitado a um valor de 15.197,02 reais. Em geral, este é o formulário mais vantajoso para quem tem apenas uma renda tributável, não tem dependentes e não investe quantias vultosas em educação e saúde. Ou seja, independentemente de quais tenham sido suas despesas em 2013, você receberá um desconto de 20% sobre a quantia usada para o cálculo do IR. Desta forma, é provável que a entrega da sua declaração resulte em restituição. Caso suas despesas dedutíveis tenham superado 20% de seus rendimentos tributáveis ou passarem de 15.197,02 reais, será melhor optar pela declaração completa. 4 Como enviar e retificar as informações, se necessário A declaração poderá ser enviada a partir desta quinta até as 23h59min59s do dia 30 de abril de 2014. Quanto mais cedo você enviar a sua declaração, mais cedo receberá sua restituição; quanto mais tarde a enviar, maior será o valor da correção da restituição que você eventualmente tenha a receber, que é corrigida pela taxa Selic do período. Se houver mais imposto a pagar, o próprio programa irá indicar o valor e emitir o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) para que ele possa ser pago nos diversos canais bancários. O imposto pode ser parcelado em até oito cotas (com juros), com vencimento no último dia útil de cada mês, ou pago em cota única até 30 de abril, data em que também vence a primeira cota. Para escolher a opção de débito automático para a cota única ou a partir da primeira cota é preciso entregar a declaração até 31 de março. Se depois de entregar a declaração você perceber que cometeu um erro ou se esqueceu de alguma coisa, é possível corrigi-la por meio da declaração retificadora. Para isso, basta acessar novamente o Programa Gerador da Declaração, informar o número do recibo e informar que aquela declaração é retificadora. Todas as informações podem ser alteradas. Porém, quem fizer a retificação depois do dia 30 de abril não poderá mais mudar o modelo da declaração de completo para simplificado ou vice-versa. Feitas as alterações, a retificadora deve ser enviada à Receita, e substituirá integralmente a declaração original. Vale lembrar que quem for obrigado a declarar e não apresentar a declaração dentro do prazo será punido com multa de 1% ao mês (ou fração) de atraso, incidente sobre o total do imposto de renda devido em 2013. A multa para não apresentação da declaração terá valor mínimo de 165,74 reais e máximo de 20% do total de IR devido. Quem tiver IR a restituir terá a multa inicialmente descontada do valor da restituição.

06 de março de 2014

Brasil liderou valorização de imóveis do mundo por 5 anos

Londres - Nos últimos cinco anos, nenhum lugar do planeta viveu valorização imobiliária tão grande como a ocorrida no Brasil. Comparação entre 54 países realizada por bancos centrais de todo o mundo mostra que o preço médio dos imóveis brasileiros subiu 121,6% no período pós-crise de 2008. O fôlego, porém, segue o ritmo da economia e os negócios estão em franca desaceleração. Da liderança nos cinco anos, o Brasil cai para o décimo lugar em valorização no acumulado em dois anos e está em um modesto 22.º lugar no último semestre. Em 2008, o mundo mergulhou na maior crise econômica em décadas e o setor imobiliário dos Estados Unidos estava na raiz do problema. O diagnóstico fez com que medidas coordenadas fossem tomadas ao redor do mundo. Uma delas foi o início de um inédito levantamento global sobre preços do mercado imobiliário residencial. O levantamento é feito em mais de 50 países e coordenado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), instituição que funciona como o banco central dos bancos centrais. No Brasil, o levantamento ficou a cargo do Banco Central e começou a ser divulgado em abril do ano passado. É esse estudo que mostra que o valor médio dos imóveis mais que dobrou em cinco anos até o terceiro trimestre de 2013. A valorização brasileira superou mercados aquecidos, como o de Hong Kong - cujo metro quadrado ficou 101,4% mais caro em cinco anos - e foi praticamente o dobro da observada em Kuala Lumpur, na Malásia (62,5%), e em Cingapura (61,6%). Dependendo do país, a pesquisa do BIS usa dados do mercado nacional, como no Brasil, ou de algumas cidades, como na China. Um grande problema para a comparação entre mercados imobiliários do mundo costumava ser a falta de padronização dos índices locais de preço. Para resolver o problema, o BIS aceita duas referências: valor do metro quadrado e valor de cada negócio. Para o Brasil, é usada a segunda opção. O Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados é calculado mensalmente pelo Banco Central conforme o valor de avaliação de cada imóvel financiado pelos bancos. São consideradas 11 regiões metropolitanas, entre elas Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio, Salvador e São Paulo. Desaceleração O fôlego do mercado, porém, diminuiu. A forte alta ocorreu especialmente entre 2008 e o início de 2011, quando a valorização anual dos imóveis permaneceu sistematicamente acima de 20%. Nos trimestres seguintes, o ritmo desacelerou para perto de 15% e a subida reduziu ainda mais o passo para o patamar dos 9% no ano passado. O fenômeno fica ainda mais explícito no horizonte de curto prazo. Nos últimos 12 meses, a alta de preços no Brasil foi de 7,1%, o 16.º maior resultado da pesquisa do BIS. Em seis meses, a valorização foi de 4,6%, a 22.ª maior alta do mundo. "O mercado brasileiro passa por um período de ajuste alinhado com o menor crescimento da economia. Essa desaceleração pode ser considerada positiva porque eleva a sustentabilidade do setor", diz Liam Bailey¸ chefe da área de pesquisa internacional da maior imobiliária independente do mundo, a britânica Knight Frank. Apesar da avaliação positiva, Bailey reconhece que, após certa euforia, atualmente há opções mais atrativas que o Brasil para investir em emergentes, como Dubai ou a Turquia. "Mas ainda há bons negócios no Brasil, especialmente em áreas com melhor infraestrutura de São Paulo e Rio de Janeiro", diz Bailey. O executivo comenta que poucos europeus consultam a Knight Frank sobre oportunidades no Brasil. "Mesmo com o crescimento recente, o País ainda é um mercado majoritariamente para investidores locais." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

23 de janeiro de 2014

Imóveis lançados em 2014 podem ser ainda mais compactados

Em 2014, a alta nos preços dos lançamentos residenciais deve se manter no mesmo ritmo deste ano, e os apartamentos  lançados podem ficar ainda mais compactos nos grandes centros urbanos. Esta é a visão do Comitê de Mercado, formado por professores e pesquisadores do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (NRE-Poli-USP), e de empresários e executivos do mercado imobiliário ouvidos pelo próprio comitê. As conclusões do Comitê e as ideias dos profissionais que atuam no mercado de lançamentos imobiliários residenciais foram reunidas em um documento que traz as perspectivas para esse mercado em 2014. No geral, a visão dos empresários e executivos está em linha com a visão do Comitê. Veja a seguir quais as principais perspectivas para os lançamentos de imóveis residenciais no ano que vem, de acordo com o documento: 1 Os preços dos imóveis lançados estão caindo em algumas capitais Segundo o Comitê, há evidências de quedas de preço em capitais com estoques de imóveis muito altos em relação à demanda orgânica, como Manaus e Salvador. Em algumas dessas cidades onde os preços caem, há um fator adicional para isso: algumas construtoras estão abandonando esses mercados e liquidando estoques. É o que ocorre em Brasília, Vitória e algumas cidades do Centro-Oeste. 2 Imóveis lançados em 2014 devem manter o mesmo perfil em cada cidade, mas podem ficar ainda menores nas capitais e cidades de maior destaque Para 97% dos consultados e também para o Comitê, os tipos de imóveis prevalentes em cada área urbana devem permanecer os mesmos em 2014, com eventual redução das áreas privativas das unidades. No entanto, segundo o relatório, o Comitê acentua que esse modelo de reduzir a área das unidades para fazê-las caber no bolso dos compradores pode estar se esgotando. 3 Cidades-satélites e cidades-dormitórios devem continuar abrigando os lançamentos maiores e mais confortáveis Nas cidades que ficam em torno dos grandes centros, portanto, deve continuar o movimento de lançamentos de imóveis maiores e a demanda aquecida de pessoas que trocam a moradia perto do trabalho por moradias mais confortáveis, como é o exemplo de Guarulhos, em São Paulo. 4 Os preços em São Paulo e Rio devem continuar pressionados em 2014 Os preços dos lançamentos nas cidades de São Paulo e Rio devem continuar sofrendo pressão por conta de fatores particulares dessas capitais. Em São Paulo, por conta do aumento dos preços dos terrenos e do novo patamar de valor da outorga onerosa (autorização para construir acima dos limites definidos pelo Plano Diretor mediante pagamento à Prefeitura). E no Rio por conta da escassez de áreas para novos empreendimentos, o que deve encarecer os preços dos terrenos e, consequentemente, dos imóveis lançados. 5 Tirando talvez Rio e São Paulo, os preços em 2014 devem subir de forma semelhante a 2013 Segundo 86% dos empresários e executivos do mercado imobiliário, os preços dos lançamentos em 2014 no resto do Brasil devem variar a taxas equivalentes ou ligeiramente inferiores às deste ano. Isto é, sem altas estrondosas ou desvalorizações significativas em relação a 2013. A pressão maior sobre os preços deve ocorrer no Rio e em São Paulo, pelos motivos já descritos no item anterior. Para 78% dos consultados pelo Comitê, a variação média dos preços dos lançamentos em 2014 deve ficar um pouco acima da inflação oficial (IPCA) e mais próxima do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), índice de inflação do setor de construção civil. As expectativas do Comitê de Mercado do NRE-Poli-USP estão alinhadas com ambas as visões. 6 Os preços dos lançamentos fora do eixo Rio-São Paulo devem variar a taxas menores que esses dois principais mercados Como a pressão sobre os preços nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro deve continuar no ano que vem, 68% dos consultados esperam que em outras capitais as altas dos preços dos lançamentos sejam inferiores às altas dessas duas grandes cidades. Segundo o relatório, isso se deve à liquidação de estoques que vai ocorrer em alguns mercados, onde já são ofertados imóveis a preços inferiores aos custos de reprodução. Encerrado esse efeito, é possível que os mercados se harmonizem, acreditam os especialistas.

07 de janeiro de 2014

Preços de imóveis sobem 14% em 12 meses e batem inflação

São Paulo - O Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação do preço do metro quadrado dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou um aumento no preço médio do metro quadrado anunciado de 1,3% em novembro, a mesma alta registrada em outubro. A elevação é de 13,8% no acumulado do ano, 7,9 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA esperada para o período, que é de 5,9%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. Florianópolis (+2,3%) e Belo Horizonte (+2,2%) registraram as maiores elevações de preços no mês. E os menores aumentos foram registrados em Salvador (+0,1%), Porto Alegre (+0,7%) e São Bernardo do Campo (+0,7%). Nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro as variações foram, respectivamente, de +1,3% e +1,2%. Em novembro, os valores médios do metro quadrado ficaram entre 9.812 reais, no Rio de Janeiro, e 3.797 reais, em Vila Velha. E a média nacional foi de 7.231 reais. Veja na tabela o desempenho de cada cidade no Índice FipeZap de novembro. Todas as 16 cidades compõem o Índice FipeZap Ampliado, lançado no início deste ano. Sete dessas cidades, em negrito, já compunham o Índice FipeZap Composto, existente desde 2010.

26 de dezembro de 2013

Imóveis vendidos até outubro em SP já superam vendas de 2012

São Paulo - As vendas de imóveis residencias novos na cidade de São Paulo teve alta de 31% de janeiro a outubro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário. Mas, considerando apenas os dados de outubro, houve uma redução de 26,9% no total de vendas (2.160 unidades) sobre setembro (2.953 unidades).  De acordo com o levantamento do Secovi-SP (Sindicado da Habitação de São Paulo), foram comercializadas 27.751 unidades nos dez primeiros meses de 2013. O número já supera o total de unidades comercializadas no ano passado inteiro, de 26.958 imóveis. O Valor Global de Vendas (VGV) de janeiro a outubro atingiu 15,7 bilhões de reais, ultrapassando o VGV do ano passado de 14,6 bilhões de reais (número atualizado pelo INCC-FGV, índice elaborado pela Fundação Getúlio Vargas). Em relação aos dez primeiros meses de 2012, quando o VGV atingiu 11,1 bilhões de reais, o aumento neste ano foi de 41,4%. O índice Vendas sobre Oferta (VSO) dos últimos 12 meses mostrou que, do total de imóveis ofertados no período, 66,3% foram vendidos. O VSO atingiu o pico de 67,4% em agosto. O estudo inclui dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) sobre o total de imóveis lançados. Até outubro, foram lançadas 24.179 unidades, aumento de 24,1% em relação ao volume lançado nos primeiros 10 meses de 2012 (19.487 unidades).  Outubro No mês de outubro foram vendidas 2.160 unidades. O número representa um crescimento de 9,5% diante de outubro do ano passado e uma redução de 26,9% em relação a setembro (2.953 unidades).  No mês, o VGV somou 1,119 bilhão de reais, um aumento de 10,1% em relação a igual mês de 2012 (1,017 bilhão de reias) e recuo de 15,3% em relação a setembro (1,322 bilhão de reais). Tipologia  Os imóveis de dois dormitórios foram os mais vendidos, totalizando 12.507 unidades comercializadas de janeiro a outubro de 2013, ou o equivalente a 45,1% do total de vendas.  E as unidades de um dormitório foram o segundo tipo de imóvel mais vendido, com 7.070 unidades comercializadas até outubro, o que representa 25,5% do total comercializado na cidade de São Paulo.

26 de dezembro de 2013

Oferta elevada de imóveis comerciais pressiona aluguéis

Rio de Janeiro/São Paulo - O preço de aluguéis de escritórios corporativos no Brasil deixou para trás o robusto avanço dos últimos cinco anos, iniciando um ciclo de desaceleração em 2013, diante do excesso de oferta e da queda na ocupação, cenário que deve se estender no ano que vem, afirmam analistas do setor. Na cidade de São Paulo, maior mercado de prédios corporativos do país, os preços pedidos por aluguéis caíram 8,81 por cento nos primeiros nove meses do ano, ante um avanço médio de 12 por cento ao ano registrado entre 2007 e 2012. A desaceleração tem como pano de fundo o boom na oferta de edifícios na cidade. Só no quarto trimestre deste ano, o mercado paulistano deve receber o equivalente a 205 mil metros quadrados de área útil nas regiões com grande presença de escritórios --que inclui os bairros Vila Olímpia, as avenidas Faria Lima e Berrini--, perto de 2,3 vezes a média dos últimos quatro anos, estima a consultoria Cushman & Wakefield. "As empresas já foram obrigadas a renegociar aluguéis desde o começo do ano para tentar não pressionar muito a taxa de vacância", disse o vice-presidente da Cushman, Marcelo da Costa Santos. Negando uma superoferta de imóveis, mas "apontando uma demanda mais cautelosa em função da situação macroeconômica", o presidente da BR Properties, Claudio Bruni, disse à Reuters que "alguns clientes acabam pedindo e tendo mais vantagens" (nos preços de aluguéis). Mesmo assim, Bruni afirmou que os preços da companhia foram "razoavelmente bem defendidos" no ano, ficando na casa de 150 reais o metro quadrado para empreendimentos classe A. "Nossa visão é de que o mercado de São Paulo apresentou uma boa dinâmica de procura por espaços de julho para frente, principalmente nas regiões onde atuamos", disse Bruni. Mudança de Cenário Para especialistas do mercado, no entanto, houve uma mudança de cenário, com as empresas deixando de contar com a subida dos preços e passando a lutar para não baixá-los, diante de um horizonte com prédios a mais para inquilinos de menos. Segundo o Credit Suisse, a dinâmica é própria do setor, já que a resposta às mudanças na demanda é tipicamente tardia, afetada pelo longo tempo dedicado ao licenciamento e construção de novas propriedades. "A ciclicidade do setor é geralmente conduzida por períodos alternados de suboferta e sobreoferta e acreditamos que a cidade de São Paulo esteja entrando na parte do ciclo em declínio", disse o banco, em estudo sobre o mercado brasileiro. A Cushman estima que os novos edifícios responderão por quase 60 por cento do estoque disponível de imóveis corporativos em São Paulo em 2015, percentual mais alto das Américas, à frente de cidades como Cidade do México, Santiago e Nova York. "Os empreendimentos que vão inundar o mercado até 2015 vão empurrar para cima as taxas de vacância no curto prazo", afirmou Maria Sicola, diretora de pesquisas da Cushman para a América, em pesquisa global divulgada no início do mês. Após encerrar o terceiro trimestre com alta de 6,2 pontos percentuais na comparação anual, a 16,7 por cento, a taxa de vacância na capital paulista deve encerrar o ano em 17,5 por cento, prevê a consultoria, saltando para 21,3 por cento em 2014 e 23,8 por cento em 2015. "No longo prazo, os aluguéis vão se acomodar à medida que a demanda mais fraca forçar os donos dos imóveis a fazer ajustes para competir com um número mais alto de oportunidades de locação", observou Maria. O cenário de queda em São Paulo já pode ser percebido em outras partes do Brasil. Os dados da Cushman mostram que o preço médio pedido por aluguéis nas principais capitais do país era de 113,2 reais por metro quadrado no final do primeiro trimestre deste ano e encerrou setembro em 107,8 reais, um recuo de quase 5 por cento. Os dados incluem cidades como Brasília, Recife, Salvador, Porto Alegre, Vitória e Curitiba. Por outro lado, o Rio de Janeiro, impulsionado pelos grandes eventos -- como Copa do Mundo e Olimpíadas--, pré-sal e revitalização da região central da cidade, o preço médio pedido por locação está no sentido oposto de São Paulo e encerrou o terceiro trimestre em 140,2 reais por metro quadrado, ante 129,7 reais ao final de março. Estudando Alternativas Por considerar que o mercado em São Paulo já está saturado, a gestora norte-americana de fundos imobiliários Paladin Realty Partners optou por concentrar o foco no Rio de Janeiro, segundo maior mercado para imóveis corporativos do país. O entendimento da Paladin é de que ainda há demanda na cidade, onde os preços de aluguel estão mais interessantes. O Credit Suisse enxerga que a capital fluminense também será afetada pelo aumento da oferta nos próximos anos: a estimativa é de um aumento de 70 por cento no número de lajes corporativas de alto padrão até 2015. Mas o banco ressalva que, enquanto os empreendimentos de São Paulo já estão em um estágio mais avançado de construção, no Rio há uma dependência maior da entrega na região do Porto Maravilha - , cujo processo de desenvolvimento "pode levar muitos anos para acontecer". Quando os projetos virarem realidade, emendou o Credit, "a nova oferta deverá ser majoritariamente de prédios de alta qualidade, representando uma ameaça para o estoque de empreendimentos de qualidade inferior localizados nas áreas do Centro e Cidade Nova". Bruni, da BR Properties, concorda que a área do Porto Maravilha - região no centro da Cidade que está sendo revitalizada e receberá novos empreendimentos imobiliários - deverá ganhar maior atenção, mas apenas num prazo maior. "Achamos que o mercado no Rio, em volume, tem muito mais propriedades em reformas e melhorias nas regiões do Centro e Cidade Nova do que novas incorporações", disse. "Temos projeto em aprovação no Porto Maravilha, gostamos da região, mas vai demorar até que toda a infraestrutura esteja implantada, incluindo transportes, serviços e restaurantes."

26 de dezembro de 2013

Venda de imóveis na grande SP tem alta de 39% no 1º semestre, diz Secovi

A venda de imóveis residenciais novos cresceu 13% no primeiro semestre, em nove estados do país, na comparação com igual período do ano passado. O dado faz parte do levantamento divulgado nesta terça-feira (15) pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). De janeiro a junho de 2013, foram comercializadas 54,2 mil unidades ante 48 mil no ano anterior. O resultado foi puxado pelos números da região metropolitana de São Paulo e do município do Rio de Janeiro, considerando que somente os dois apresentaram alta de 39% e 8% nas vendas, respectivamente. A participação dessas regiões no mercado imobiliário aumentou de 51% para 61% este ano. Somente em São Paulo foram comercializadas 28,7 mil unidades. Nas outras sete regiões apuradas, houve retração. A maior queda ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (CE), onde foram vendidas 900 unidades a menos do que em 2012, uma redução de 32%. Em seguida, aparece Belo Horizonte (MG), com queda de 16% nas vendas. As regiões metropolitanas de Goiânia (GO) e do Recife (PE) tiveram redução de 9%. Porto Alegre e a região metropolitana de João Pessoa (PB) tiveram recuos menores, com 4% e 5%, respectivamente. Na Bahia, os números apurados nos municípios de Salvador, Lauro Freitas, Camaçari e Feira de Santana mostraram decréscimo de 3% nas vendas de imóveis novos. O levantamento mostra ainda que houve avanço de 9% no número de unidades residenciais lançadas de janeiro a junho. Foram 3,9 mil unidades a mais este ano, passando de 41,6 mil, em 2012, para 45,5 mil. Além de São Paulo (41%) e Rio de Janeiro (9%), houve crescimento nas regiões metropolitanas de Goiânia (50%) e João Pessoa (48%). Em Belo Horizonte também foi registrado acréscimo, mas em menor proporção: 2%. No comparativo de lançamentos e vendas, no primeiro semestre deste ano foram comercializadas 8,7 mil unidades a mais do que lançadas.

16 de outubro de 2013

Venda de imóveis em SP cresce 45% em 2013, segundo Secovi.

Volume de vendas em agosto também cresce e registra alta de 86% em relação a agosto de 2012. São Paulo - O volume de vendas de imóveis na cidade de São Paulo  de janeiro a agosto de 2013 teve uma alta de 45,8% em relação ao mesmo período de 2012, segundo a última pesquisa  do Mercado Imobiliário, do Secovi-SP (sindicato da habitação). De acordo com o levantamento, foram vendidas 22.638 unidades nos primeiros oito meses deste ano, ante 15.530 unidades do mesmo período do ano passado. Além da alta no acumulado do ano, a pesquisa mostra também que houve um crescimento de 86,2% nas vendas do mês de agosto deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Conforme mostra o estudo, foram vendidas 3.464 unidades em agosto de 2013, ante 1.860 unidades de agosto de 2012. O número representa o terceiro maior volume de vendas para o mês desde 2004. Apenas nos meses de agosto de 2008 e 2009 o volume foi maior, quando 4.146 e 3.578 unidades foram comercializadas, respectivamente. Na comparação com o mês de julho de 2013, quando foram vendidos 1.674 imóveis, houve um aumento de 106,9%. O estudo mostra também que o segmento de dois dormitórios se destacou nas vendas de janeiro a agosto, representando 44,4% (10.048 unidades) do volume total.

03 de outubro de 2013